3 dias no Sertão alagoano

Texto de Turismo Alagoas

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Luiz Gonzaga, o rei do baião, já cantava que “não há luar como este do Sertão”, e realmente, não só o luar, mas o amanhecer, a natureza e a beleza e história da região encanta a todos que a visitam.

As terras exploradas por Lampião e Maria Bonita são palco para uma das experiências mais ricas e encantadoras do Estado. Com um dos maiores cânions navegáveis do mundo, os Cânions do São Francisco, museus que ajudam a contar a história do Brasil, culinária tipicamente sertaneja, um artesanato rico e diversificado e um povo encantador, a visita a esta região irá ficar marcada para sempre na sua memória.

Um roteiro de três dias são suficientes para aproveitar todas as belezas das cidades do alto Sertão alagoano. Em uma localização privilegiada, Delmiro Gouveia, Piranhas e Olho D’Água do Casado estão na divisa com os estados da Bahia, Sergipe e Pernambuco, facilitando a ida de carro a todas estes municípios. O aeroporto mais próximo é de Paulo Afonso (BA), distante 45 km de Delmiro Gouveia, já o de Maceió está a uma distância de aproximadamente 300 km e o de Aracaju (SE) fica a 213 km.

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1º dia: Piranhas e Rota do Cangaço

Reserve a manhã do primeiro dia para conhecer a cidade de Piranhas. À beira do São Francisco, Piranhas foi fundada no século 18, sendo o primeiro município alagoano a ser tombado como patrimônio histórico nacional, sendo possível rememorar a história de Lampião e Maria Bonita, e do cangaço como um todo, além de toda a formação cultural da região. Comece passeando por todo o conjunto arquitetônico da cidade que envolve o Museu do Sertão, Estação Ferroviária, Torre do Relógio, Igreja Nossa Senhora da Saúde e Palácio Dom Pedro II.

Vale também a visita ao Mirante Secular. Com mais de 300 degraus, a subida é imperdível pela vista incrível do centro histórico e do Rio São Francisco. Capriche nas fotos! Este centro também com vários restaurantes de cozinha regional e internacional, vale a pena almoçar por ali e partir para o passeio da Rota do Cangaço a tarde.

Para a Rota do Cangaço o passeio é de Catamarã pelo Rio são Francisco até o Restaurante Angico. É de lá que partem os passeios à Grota de Angico, conhecido como Rota do Cangaço, porque leva até a ponto onde Lampião e seu bando foram abatidos pelas forças policiais.

À noite a dica é comer um bom prato regional no centro histórico de Piranhas que conta com atrações artísticas e musicais que, de forma alegre e divertida, também conta a história do Sertão e do Cangaço.

1º dia: Piranhas e Rota do Cangaço

2º dia: Cânions de São Francisco

O segundo dia é dia de aproveitar o incrível passeio aos Cânions do São Francisco, um dos maiores navegáveis do mundo. Partindo de Piranhas, a opção mais próxima é o embarque pela Prainha da Dulce, na zona rural de Olho D’Água do Casado. São 30 minutos de carro até o ponto de embarque, que tem uma saída por dia, sempre às 10h30.

De catamarã, o passeio te leva até os Cânions do São Francisco, em uma experiência inesquecível. São cerca de duas horas de passeio e durante o trajeto de 17 km pelo rio, podemos observar diversas formações rochosas que ganharam nomes interessantes, como a Ponta do Papagaio, que lembra um bico de papagaio; a Pedra do Japonês, que lembra uma construção oriental; e o Morro dos Macacos.

Após percorrer todas essas belezas, temos o ponto alto do passeio: o Paraíso do Talhado, que tem as formações mais belas. Elas medem cerca de 30 metros e têm uma cor alaranjada. Para completar, a água ganha tons bastante esverdeados, revelando um contraste muito bonito. Nesse ponto, o catamarã faz uma pausa de uma hora para os turistas mergulharem nas águas do rio São Francisco, em um cercadinho seguro. De lá, partem canoas que te levam até a Gruta do Talhado, um lugar especial e estreito, inacessível aos catamarãs e lanchas.

O almoço fica por conta do Restaurante Castanho, que está localizado na maior reserva ecológica da Caatinga em Alagoas, onde é possível provar um cardápio recheado de comida típica do Sertão que realça os sabores e temperos da região. A estrutura ainda permite banho de rio e de piscina em um cenário paradisíaco.

Há também a opção de partir de Piranhas direto a Canindé de São Francisco (SE), com partida para o mesmo passeio, com os mesmos atrativos, pelo lado sergipano da fronteira. Dessa forma, o passeio é feito pelo Karrancas Bar e Restaurante.

2º dia: Cânions de São Francisco

3º dia: Entremontes, Pôr do Sol dos Cânions Dourados e Pinturas rupestres

eserve o terceiro dia para conhecer o povoado de Entremontes, à beira do velho chico, o local guarda a memória e a cultura sertaneja. Para chegar até lá o passeio é feito de catamarã até o Restaurante Angico, onde o catamarã faz sua parada. Até Entremontes são dez minutos de canoa, num passeio cheio de charme e estilo.

As casinhas coloridas são morada de pescadores e artesãos que bordam sua cultura e vivência em bordado redendê, habilidade que passa de geração em geração. A dica é passear pelo povoado visitando as casas e ateliês da cidade. Vai ser difícil sair de lá as famosas peças bordadas como uma recordação do lugar.

O retorno ao Restaurante Angico te garante um bom lugar para almoçar e aproveitar o Rio São Francisco. Com grande estrutura, o turista pode curtir parte do dia à beira do rio mais famoso do Brasil. Após o almoço, retorne a Piranhas com o catamarã, porque o fim de tarde reserva uma das paisagens mais bonitas da região.

A partir das 15 horas, a dica é fazer o passeio dos Cânions Dourados e a visita a grutas com pinturas rupestres em meio ao Sertão, onde o roteiro é iniciado. Datado de até 12 mil anos atrás, os sítios arqueológicos mostram registros pré-históricos, com desenhos e símbolos nas pedras. O final do passeio é a parada para o pôr do sol dos Cânions Dourados, à beira dos Cânions, que ficará para sempre na sua memória e melhores fotos. Aproveita a natureza e curta a energia

3º dia: Entremontes, Pôr do Sol dos Cânions Dourados e Pinturas rupestres

Dicas e informações

  • O passeio aos museus e Centro Histórico de Piranhas é feito a pé. Os custos são simbólicos para manutenção dos equipamentos.

  • Passeio à Grota de Angico é preciso reservar antecipadamente com agentes e agências de turismo da região e custa 10 reais apenas a trilha. Há outras opções de pacote com outros custos e atrativos.

  • O passeio aos Cânions de São Francisco pode ser feita de duas formas: catamarã ou lancha. Os dois custam 110,00 reais, com a diferença é que a lancha tem capacidade para 8, 9 e 12 pessoas. Para passeio com exclusividade é preciso consultar a empresa. O ideal é reservar antecipadamente pelos telefones (82) 98855-1290 ou (82) 98114-7070. Este passeio também pode ser feito pelo receptivo Karrancas na cidade de Canindé de São Francisco, do lado sergipano da fronteira. O contato é (79) 99869-6428.

  • O passeio ao pôr do sol dos Cânions Dourados e pinturas rupestres custa 50,00 reais por pessoa. É preciso reservar antecipadamente com agentes e agências de turismo da região.

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